PF prende dono da Via Engenharia por desvios em obras da Copa. Empresa foi uma das maiores doadoras de Ricardo Coutinho em 2014

 A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta terça (dia 23), mandato de prisão contra o dono da Via Engenharia, Fernando Márcio Queiróz, e também dos ex-presidentes da Novacap, Maruska Lima e Nilson Martorelli, os ex-governadores José Roberto Arruda, Agnelo Queiroz, e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli. A Operação Panatenaico apura desvio de recursos utilizados em obras da Copa do Mundo de 2014.

O detalhe, que talvez não tenha qualquer importância, é que a Via Engenharia, que realizou várias obras para o Governo do Estado, foi uma as empresas que mais doaram à campanha do governador Ricardo Coutinho, em 2014. Dados do TSE revelam que a construtora doou R$ 3.343.544,00 à campanha do socialista, em seis parcelas.

Dentre as obras estão a reforma do antigo Dede (Vila Olímpica) e o Centro de Convenções. E, por mera coincidência, também as obras de reforma do Estádio Almeidão… em 2014. O detalhe é que, um ano antes (em 2013), a obra foi anunciada com o valor de R$ 18 milhões. Mas, ao serem concluídas, o Governo do Estado anunciou, em junho de 2014, ter aplicado R$ 28 milhões em recursos federais.

Operação – Segundo o Ministério Público Federal, as investigações da Operação Panatenaico se fundamentam na delação premiada de três executivos da Andrade Gutierrez: Rogério Nora de Sá, Clóvis Renato Numa Peixoto e Flávio Gomes Machado Filho.

Segundo os executivos, a concorrência licitatória para a obra do Estádio Mané Garrincha teria sido forjada para que o consórcio formado pela Via Engenharia e pela Andrade Gutierrez vencesse a concorrência pública. (Mais em https://goo.gl/wqGkQa)

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Da Redação com Roberto Noticia e Helder Moura 

Mãe de Bruno Ernesto surpreende Colegiado de Procuradores ao cobrar investigação parada há anos

 O Colegiado de Procuradores do Ministério Público do Estado viveu seu dia de sobressalto, nesta segunda-feira (dia 15), com a surpreendente presença de Inês Ernesto do Rego, mãe de Bruno Ernesto (fotos), assassinado em circunstâncias misteriosas em fevereiro de 2012. Inês chocou o egrégio colégio, ao cobrar o desfecho das investigações do Jampa Digital, iniciadas em 2011 e nunca concluídas.

 

“Um caso de improbidade administrativa e esse tempo todo para investigar?”, reclamou Inês, que também questionou o atraso nas investigações, já há dois anos, sobre a arma e as balas usadas no assassinato de Bruno Ernesto, e que eram de propriedade do Governo do Estado. Ela lembrou, inclusive, os documentos comprobatórios que constam do pedido de investigação, que simplesmente não prosperou, até agora.

O procurador-geral Bertrand Asfóra chegou, em determinado momento, a reclamar de sua cobrança, alegando que poderia prejudicar as investigações. Ela respondeu no ato: “Prejudicar o que mais? Prejudicar nada! Não foi o senhor que perdeu um filho!” Outros procuradores presentes se mostraram surpresos com as revelações de Inês, dando a entender que não sabiam desse atraso nas investigações.

Adiante, ela também citou o caso do pedido de federalização do crime de seu filho (e mais outros três) feito junto ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que solicitou os autos ao Ministério Público do Estado que segue sem se manifestar sobre o assunto. Inês ponderou que o MPE precisa agir, colaborar com a Procuradoria-Geral da República para que o crime seja devidamente esclarecido.

Inês revelou ter ido ao Ministério Público do Estado na condição de cidadã, mas especialmente de uma mãe, que perdeu um filho com suspeitas de um crime de execução, e que acionou o MPE com os documentos indicando a quem pertenciam a armas e as balas, e as investigações não andam. Sua indignação encontrou eco em outros procuradores, perplexos com o andamento do caso.

  • Do Blog do Hélder Moura

Sobre o Jampa

  • Por Rubens Nóbrega

Jampa Digital é um projeto de inclusão digital criado em 2008 e licitado em 2009 pela Prefeitura de João Pessoa para oferecer Internet gratuita sem fio em locais públicos da Capital da Paraíba, que também ganharia câmeras de segurança nas ruas. A licitação (Pregão 019/2009) envolvia recursos da ordem de R$ 39,4 milhões, 90% dos quais financiados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.

A licitação foi vencida pela empresa baiana Ideia Digital, mais tarde denunciada pelo programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, como corruptora de agentes públicos e políticos aos quais pagaria propinas para ganhar contratos semelhantes ao do Jampa Digital, que, por sua vez, ganhou fama nacional por denúncias de superfaturamento de R$ 5,5 milhões na compra de serviços e equipamentos pela PMJP.

O caso já teve investigações concluídas desde agosto de 2013 pelo Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal. Delas resultaram o indiciamento de 23 pessoas e a conclusão de que verbas desviadas do projeto foram parar na campanha de Ricardo Coutinho (PSB) a governador em 2010.

Prefeito da Capital quando o Jampa foi idealizado, licitado e denunciado, Ricardo Coutinho não figura entre os indiciados pela PF nem entre os denunciados pelo MPF à Justiça Federal, mas o processo sobre o caso foi enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que ele fosse investigado lá, foro competente para processar e julgar governador de Estado.

Ao contrário de Ricardo, o então secretário municipal de Ciência e Tecnologia, Aguinaldo Ribeiro, atual líder do Governo Temer na Câmara Federal, e o também deputado federal Rômulo Gouveia, autor de emenda ao Orçamento da União que destinava recursos à PMJP para implantação do projeto, foram indiciados e denunciados. Por conta dos dois, e em razão do foro privilegiado de que são detentores, o processo do Jampa tramita há três anos no Supremo Tribunal Federal (STF).

Sobre Bruno

  • Por Rubens Nóbrega

Os pais de Bruno Ernesto, diretor de Tecnologia da Informação da PMJP quando foi executado por bandidos que o sequestraram de dentro da garagem do prédio onde morava, estão convencidos de que o seu filho foi vítima de um crime de mando. Têm muito claro que a morte do rapaz está ligada à determinação dele de descobrir tudo o que dizia respeito ao Jampa Digital, mesmo na perspectiva de tão somente fazer funcionar o projeto da forma como fora concebido originalmente.

Bruno foi encontrado morto num matagal na Zona Sul de João Pessoa, em 8 de fevereiro de 2012. Seus algozes o executaram com um tiro na nuca e outro nas costas, sinais de evidente execução. Um inquérito policial aberto para investigar o caso foi encerrado com sete prisões e quatro meses depois na Delegacia de Homicídios da Capital, onde se concluiu que o diretor de TI da PMJP foi vítima de um latrocínio. No mesmo ano, os sete presos foram indiciados pela Polícia Estadual, denunciadas pelo Ministério Público Estadual e condenados pela Justiça Estadual.

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Da Redação com Roberto Noticia, Helder Moura e Rubens Nóbrega

Defesa de Lula pede suspensão de processo sobre triplex ao TRF4

 A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recorreu ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, com um habeas corpus que pede liminarmente a suspensão do processo sobre o triplex da empreiteira OAS. Também solicita maior tempo para análise de documentos. O TRF4 confirma o recurso, em análise nesta segunda-feira (8).

O advogado de Lula alega que "é materialmente impossível" a defesa analisar a documentação do processo até o próximo dia 10, data em que o depoimento do ex-presidente ao juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal de Curitiba, está marcado.

Após a suspensão do processo, a defesa também pede "a concessão da ordem para que seja concedido prazo razoável para a análise dos documentos, além da apresentação da íntegra da relação antes requerida e deferida pelo Juízo, com a eventual renovação dos atos processuais subsequentes que tenham sido prejudicados pela decisão ilegal."

Conforme a defesa de Lula, existem "5,42 gigabytes de mídia e cerca de 5 mil documentos estimados cerca de 100 mil páginas."

Moro retomou na quinta-feira (4) os depoimentos de réus no processo em que o Ministério Público Federal (MPF) acusa Lula de receber um tríplex da construtora OAS como pagamento de propina. As audiências deveriam ter sido realizadas em 28 de abril, mas foram adiadas a pedido dos advogados, em função da greve geral marcada para aquele dia.

Lula também teve o depoimento adiado, mas a pedido da Polícia Federal, que alegou não ter conversado com as autoridades competentes para garantir a segurança no dia 3 de maio, data original da oitiva.

 

O processo

 

Nesta ação penal, o MPF acusa o ex-presidente de receber um apartamento triplex, no Guarujá, litoral paulista. O imóvel faz parte de uma série de obras que a OAS assumiu após a falência da antiga cooperativa de crédito do Sindicato dos Bancários de São Paulo, a Bancoop.

Quando ainda era parte do Bancoop, a família Lula possuía uma cota de um apartamento no edifício que seria construído. No entanto, a defesa do ex-presidente diz que a ex-primeira-dama Marisa Letícia decidiu suspender o negócio quando houve a transferência de responsabilidade para a OAS, recebendo os valores já pagos para o Bancoop.

O MPF sustenta, porém, que a OAS queria entregar o apartamento a Lula, como contrapartida por supostos serviços prestados por ele, atuando em favor da empresa junto a contratos com a Petrobras.

A afirmação está baseada, entre outras coisas, em visitas feitas pela família de Lula ao imóvel, em 2014. O apartamento recebeu uma série de melhorias após essa visita, incluindo a instalação de um elevador privativo para dar acesso aos andares do imóvel.

Em depoimento, o ex-presidente da empresa, José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, afirmou que, quando houve a divulgação de que o triplex pertenceria a Lula, ele procurou João Vaccari Neto e, depois, Paulo Okamotto para saber como proceder, uma vez que o triplex estava em nome da OAS.

“A orientação que foi me passada naquela época foi ‘toque o assunto do mesmo jeito que você vinha conduzindo. O apartamento não pode ser comercializado, o apartamento continua em nome da OAS, e, depois, a gente vai ver como fazer a transferência ou o que for’”. De acordo com Pinheiro, assim foi feito.

Segundo o empresário, a cota pertencente a Lula e a Dona Marisa era de um apartamento típico do edifício Solaris (a unidade 141), e não de um triplex (a unidade 164). A diferença de preço entre o imóvel adquirido pela família do ex-presidente e o triplex ficava em torno de R$ 750 mil e R$ 800 mil. Essa diferença, segundo o réu, foi abativa no encontro de contas com João Vaccari.

"Eu fui orientado que esse apartamento eu poderia negociá-lo, porque o apartamento da família seria o triplex". Essa orientação, ainda de acordo com Léo Pinheiro, partiu de Vaccari e de Okamoto.

Pinheiro disse que o triplex tinha área três vezes maior do que a dos demais apartamentos e que valor era duas vezes e meia maior. Ainda segundo o réu, em momento algum foi falado que o presidente pagaria a diferença de preço.

 

Versão diferente

 

Outros ex-executivos da OAS que prestaram depoimento deram versões diferentes sobre o caso do apartamento. Eles disseram que não tinham conhecimento de que as obras executadas no apartamento seriam, de fato, para que o ex-presidente pudesse ficar com o imóvel. Fábio Yonamine e Paulo Gordilho disseram que as melhorias foram requisitadas por Pinheiro e que eles apenas obedeceram às ordens.

Os dois, porém, confirmaram à Justiça as visitas da família Lula ao apartamento, em 2014. Uma delas, inclusive, teve a presença do próprio ex-presidente, e a outra, apenas de dona Marisa e Fábio Luis Lula da Silva, filho do casal.

 

Fase final

 

Após o depoimento de Lula, o processo chegará à fase final. O MPF e as defesas poderão pedir as últimas diligências. Caso isso não ocorra, o juiz determinará os prazos para que as partes apresentem as alegações finais. Em seguida, os autos voltam para Moro, que vai definir a sentença, podendo condenar ou absolver os réus. Não há prazo para que a sentença seja publicada.

 

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Janot pede para STF anular decisão de Gilmar Mendes que mandou soltar Eike Batista

Procuradoria Geral da República (PGR) enviou pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o ministro Gilmar Mendes deixe a relatoria de um habeas corpus no qual concedeu liberdade ao empresário Eike Batista. Além disso, Janot quer a anulação de todas as decisões sobre o habeas corpus, incluindo a que mandou soltar o empresário.

No último dia 28, Eike obteve liberdade no STF após três meses de prisão por conta de investigação em que é suspeito de pagar propina ao ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral em troca de contratos no estado.

O pedido de Janot foi enviado à presidente da Corte, Cármen Lúcia, para ser pautada em plenário e ser decidido pelos 11 ministros.

O procurador alega que Gilmar Mendes não poderia atuar na causa porque sua esposa, Guiomar Mendes, trabalha no escritório de advocacia de Sérgio Bermudes, que defende Eike Batista.

“Em situações como essa há inequivocamente razões concretas, fundadas e legítimas para duvidar da imparcialidade do juiz, resultando da atuação indevida do julgador no caso”, diz Janot no pedido.

"A situação evidencia o comprometimento da parcialidade do relator do habeas corpus [...] tendo ele incidido em hipótese de impedimento ou, no minimo, de suspeição. Por tal motivo, suscita-se a presente arguição contra o ministro Gilmar Ferreira Mendes, a fim de se reconhecer a sua incompatibilidade para funcionar no processo em questão, bem como para que se declare a nulidade dos atos decisórios por ele praticados", afirma.

O procurador citou o Código de Processo Civil, que prevê impedimento do juiz quando a parte for cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge. Além disso, a lei diz que o magistrado deve deixar o caso por suspeição se a parte for credora de seu cônjuge.

"Com efeito, o julgamento por um magistrado de uma causa penal na qual figure como parte um cliente do escritório de advocacia do cônjuge do julgador ou um devedor de seu cônjuge, como previsto nos arts. 144, inciso VIII, e 145, inciso III, do Código de Processo Civil, contraria diretamente a exigência de imparcialidade, particularmente em seu aspecto objetivo", afirma o PGR.


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